Um Breve Resumo do Manifesto Comunista de Marx e Engels



Universidade Estadual do Ceará
Centro de Ciências Humanas
Disciplina: Introdução à Sociologia
Obra: Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto do Partido Comunista (2ª . Ed., São Paulo: Escala, 2009 [1848])


  RESUMO

Grupo de trabalho: Jair Soares, Gilda Luiza, Edvaldo, Francineide e Russoalpe.


     Elaborado em 1848 pelos jovens Marxs e Engels, o manifesto do partido comunista é um documento histórico que tornam claros os anseios da  Liga dos Comunistas através de uma linguagem simples, racional e por vezes irônica. O livro objetiva “Revolucionar ideias, mudar a forma de pensar a vida, de pensar a sociedade, de pensar o trabalho.”

     O Manifesto tem uma estrutura simples: uma breve introdução, três capítulos e uma rápida conclusão.

     Na introdução os autores defendem que o avanço das ideias comunistas entre os países europeus, constituía uma séria ameaça ao modo de dominação burguesa.  Decorrem-se daí duas conclusões: O comunismo já é reconhecido como força”  e “ é tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver, seus fins e suas tendências”.

    Em “Burgueses e Proletários”, primeira parte da obra, os autores retomam historicamente as classes existentes na Roma Antiga e na Idade Média para criar um paralelo com o momento vigente onde afirmam que a sociedade se divide cada vez mais em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado.

     A burguesia assume para si um “papel revolucionário” à medida que o antigo sistema produção feudal cede lugar às exigências da indústria moderna. Ela “fez da dignidade pessoal um simples valor de troca e em nome das numerosas liberdades conquistadas estabeleceu a implacável liberdade de comércio.”  Nesse contexto, “todos são instrumentos de trabalho, cujo preço varia segundo a idade e o sexo.”

    Diante deste quadro de transição dos modos de produção “O aprimoramento contínuo e o rápido desenvolvimento das máquinas tornam a condição de vida do trabalhador cada vez mais precária”, contudo este crescimento da indústria é acompanhado de um desenvolvimento dos meios de comunicação colocando em o contato  operários de localidades diferentes. Estes, por sua vez, “concentram-se em massas cada vez maiores, fortalecem-se e tomam consciência disso.” Este é o cenário estabelecido para a luta de classes.

    Sobre a confiança dos autores em um novo momento que se aproxima, afirma-se:“O que a  burguesia produz principalmente são seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.”

   A segunda parte, denominada “Proletários e Comunistas” apresenta as principais diferenças entre  os comunistas e os demais partidos proletários. Embora se afirme que os comunistas apresentem sobre os outros partidos “a vantagem de uma compreensão nítida das condições, da marcha e dos fins gerais do movimento proletário.” O texto destaca objetivos comuns a todos: constituição dos proletários em classe, derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder político pelo proletariado.

   A característica particular do comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa. Para defender suas ideias, os autores desmistificam temas como  salário, propriedade, cultura, família, educação, mulheres, nação e todos os possíveis argumentos burgueses contra o comunismo.

  Marx e Engels acreditam que a abolição da propriedade privada e sua apropriação pelo proletariado levariam a sociedade a “uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição do livre desenvolvimento de todos.” Objetivando sustentar esse argumento de expropriação, eles mostram como esta propriedade, que tantos defendem como justa está centralizada nas mãos de poucos e nunca, dentro dessa sociedade burguesa, abrangerá a grande maioria da sociedade.

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