CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DA FILOSOFIA AFRICANA: DA DOMINAÇÃO A LIBERTAÇÃO


CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DA FILOSOFIA AFRICANA: DA DOMINAÇÃO A LIBERTAÇÃO

                                                                                                                                                                   Jair Soares de Sousa - Uece




INTRODUÇÃO

  Falando sobre o ensino de filosofia, e em específico no Brasil, é notória a inclinação para os estudos que versam apenas sobre o pensamento de cunho ocidental. Nestes estudos filosóficos ocidentais a base é constituída dentro de um método estruturalista e exegético onde seguem – se apenas os clássicos de filosofia dentro de uma ordem cronológica, seguindo apenas o percurso de compreensão da filosofia como sendo a história da filosofia ocidental, que por sua vez, versão, pelos estudos de temas como: Ética, Estética, Moral, Política e Metafísica com foco no pensamento europeu.
 Não obstante, não queremos aqui, afirmar que o pensamento europeu não tenha também, importantes contribuições para a filosofia, o que está sendo questionado na pretensão deste trabalho é o fato de haver uma centralização na filosofia ocidental enquanto estudo de filosofia ou certa validade universal de filosofia tendo como base o pensamento ocidental.
Esta universalidade e centralidade, talvez condicionem os alunos e alunas a perceberem e compreenderem os estudos filosóficos de maneira limitada, fechada em um mundo de repetições de autores clássicos, fazendo com que o papel do estudante de filosofia seja apenas o de reproduzir o que já foi exposto, seguir determinados sistemas estabelecidos como verdadeiros, sem a possibilidade de criar ou se quer investigar outras filosofias, novos sentidos, novos devires além de buscar construir um pensar filosófico de forma autônoma.
 
Neste sentido, cabe a seguinte pergunta: Por que se estudam apenas as filosofias Greco – Romana, Alemã, Francesa, italiana ou Americana?  Não há outras filosofias para além das filosofias tidas como as verdadeiras? Por qual motivo as filosofias Africana, Latino Americana e outras diversas não são vistas como campo de estudo dentro das instituições que são responsáveis pelo ensino de filosofia?

Certa vez ao perguntar há um professor de filosofia sobre o motivo de não se “estudar” nem “ver” algum apontamento sobre filosofia Africana, ele me respondeu com a seguinte resposta: “Porque não há sistematização sobre a filosofia Africana e que a cultura dos povos africanos tem por característica a oralidade” e nesse sentido, não há pressupostos nem sistemas filosóficos que asseverem tal filosofia.
Será que a filosofia africana não possui uma ética, uma estética ou um pensamento social e político, para afirmar que não é possível de se haver um pensamento filosófico africano?
É a partir destas premissas que pretendo apresentar um panorama inicial sobre os estudos de filosofia Africana, levantar algumas considerações que possam desvelar a existência do estudo da filosofia africana por africanos e não africanos, além de refletir sobre o sentido e o agir humano que leva os indivíduos a terem uma postura de “exclusão para outras filosofias”, ou como (Ramose, 2011) chama de exclusão filosófica. A metodologia utilizada para este trabalho foi pautada na consulta de obras filosóficas (livros, artigos e dissertações) que versam sobre a temática da filosofia Africana, pesquisa em sites etc. Acreditamos que a busca por uma investigação coesa é por deveras necessária.

1 - Do Colonialismo a dominação em nome de Deus e da razão

O projeto de colonização de características ocidentais (séc. XIV) foi caracterizado como sendo de cunho cultural, porém, exploratório, dominante e totalitário. Este processo foi desenvolvido inicialmente tendo como base dois pilares de sustentação, sendo o primeiro, caracterizado pela esfera da religião em específico o “cristianismo” e o outro a perspectiva “filosófica” tendo o sentido da razão como fio condutor deste processo. Foi assim nos territórios africanos bem como, nos territórios do Brasil, como expõe a professora Cristiane Marinho ao destacar em sua obra “Filosofia e educação no Brasil: da Identidade a Diferença” que a filosofia no Brasil está relacionada com um projeto de poder em relação aos indivíduos, destacando o projeto dos Jesuítas (1534) com a base do Ratio Studiorum e as explorações do capitalismo comercial.

 Esse modo de conhecimento foi pelo seu caráter e pela sua origem, eurocentrico. “Denominado racional foi imposto e admitido no conjunto do mundo capitalista como a única racionalidade válida e como emblema da modernidade” (QUIJANO, p 74,2009).

 O filósofo e professor Sul - Africano Mogobe Ramose (apud Willians, 1990,51) confirma nossa reflexão da seguinte forma:
A colonização estava apoiada em pelo menos dois pilares. Um deles era o pilar da religião, a inspiração e a crença que a fé no deus de Jesus cristo demandava que cada ser humano no planeta terra deveria ser cristianizado, mesmo contra a sua vontade. O outro era a idéia filosófica que somente os seres humanos do ocidente eram, por natureza, dotados de razão, sendo assim a única e autêntica personificação da famosa frase aristotélica “o homem é um animal racional”. (RAMOSE, apud Willians, p. 51)

Partindo do pressuposto acima a perspectiva da “razão” ficava como fundamentação e verdade dos povos ocidentais, que tinham este objetivo de levar cultura aos povos catequizados e escravizados. Interessante perceber aqui que o sentido de razão está alicerçado em uma postura de dominação. É também necessário de leitura  perceber que os outros povos como africanos, indígenas, não estavam inseridos na afirmação do “ser” constituído de razão.
Outra questão a ser destacada era que por se tratar de uma perspectiva de impor a cultura européia, os povos africanos e os indígenas, não possuíam nem se quer alma e muito menos um deus, desta forma era necessário que fossem encaminhados para um caminho virtuoso e racional a partir da luz do deus do cristianismo.
A afirmação de determinados povos não possuírem alma segundo os acidentais seria a prova mais objetiva de uma afirmação do “não ser” nesses povos. A falácia de não existir alma é umas das provas para a negação por parte de alguns ocidentais de não existir um pensamento filosófico quer africano ou de outras etnias, bem, como a condução de estudos que referendem o pensar filosófico africano.  Mogobe Ramose em seu artigo “On the Legitimacy and study of African Philosophy” (Sobre a Legitimidade e o estudo da Filosofia Africana) demonstra o sentido da negação do “ser” dos Africanos.

 “Assim, a dúvida sobre a existência da filosofia africana é fundamentalmente, um questionamento acerca do estatuto ontológico dos seres humanos dos africanos. Uma vez que os africanos não são propriamente seres humanos, como afirmava o raciocínio, havia uma medida própria e condizente com o tratamento subumano empreendido em relação a eles” (RAMOSE, p8, 2011).

Desta forma as negações do “ser” aliada ao processo de escravização, nos mostram que pelo menos um dos motivos para não ser perceber e afirmar os estudos sobre filosofia africana, quer por “africanos e não africanos” é antes de tudo, uma questão ontológica e que por sua vez vai se universalizando como efetividade no mundo.
O Filósofo sul – africano Paulin Hountondji em seu artigo “Conhecimento de África, conhecimentos de africanos: duas perspectivas sobre os estudos Africanos – Da Colonialidade a descolonialidade” nos aponta sua preocupação que tem como foco o problema apresentado neste texto como ponto de partida. Neste sentido, ele nos diz:
“Ao longo do meu próprio percurso intelectual, fui sensibilizado para este problema e comecei a percepciona - lo como problema ao ler livros sobre filosofia africana ou sistemas de pensamento africanos. Normalmente, os autores partiam do principio de que os africanos não tinham consciência da sua própria filosofia e que apenas os analistas ocidentais, que os observavam a partir do exterior, poderiam traçar um quadro sistemático de sua sabedoria” (HOUNTONDJI, 121).

A preocupação de Hountondji confirma nossas reflexões em relação à negação da filosofia Africana. Para tal confirmação ele cita a seguinte passagem que constava nos escritos do padre Belga, Placid Tempels (1906-1977) que pertencia á ordem dos Franciscanos, quando o mesmo, atuou durante vinte e nove anos como orientador no Congo Belga, atual república democrática do Congo.
“Não esperamos que o primeiro negro com quem nos cruzamos  na rua (sobretudo se for jovem) nos dê um quadro sistemático de seu sistema ontológico. Não obstante, esta ontologia existe; ela penetra e enforma todo o pensamento do primitivo e domina – lhe todo o comportamento. Recorrendo aos métodos de analise em síntese das nossas disciplinas intelectuais, podemos e portanto, temos de auxiliar o “primitivo” a procurar classificar  e sistematizar os elementos do seu sistema ontológico” (HOUNTONDJI apud TEMPELS, 1969)       
Mais adiante ele termina a reflexão da seguinte forma:

Não pretendemos que os Bantus sejam capazes de nos presentear com um tratado filosófico acabado, já com todo o vocabulário próprio. É graças a nossa própria preparação intelectual que ele irá sendo desenvolvido de uma forma sistemática. Cabe – nos fornece – lhes um quadro preciso de sua concepção das entidades, de forma a que eles se reconheçam nas nossas palavras e concordem, dizendo: Vós percebeste – nos, agora conhecei – nos completamente, “conheceis da mesma forma que nós conhecemos” (HOUNTONDJI apud TEMPELS, 1969).

É preciso desvelar esta compreensão, afirmando que, mesmo com a negação de seu “ser” os povos africanos foram desenvolvendo grandes campos filosóficos partindo de uma questão que é essencial nesta cultura, esta essência é caracterizada pela sua potencialidade criativa e cultural que vai fazer com que se desenvolva em meio à dominação, olhares para a construção de um campo ético, como é o caso da filosofia Ubuntu, de uma filosofia estética que caminha ao lado dos cultos tribais etc. Por isso que antes de tudo Ramose afirma que a filosofia Africana assim como as filosofias que resistiram e este processo dominante são filosofias da libertação.

2 - Da determinação para o significado de filosofia: Universalidade e particularidade excludente

Sabe – se que a filosofia enquanto área de estudo é caracterizada etimologicamente como o amor a sabedoria, mesmo tendo a clareza que muitos filósofos tentaram conceitua – lá de diversas formas, não obstante, a proposta aqui não é trabalhar o que seria ou que é a filosofia, pretende – se apenas situa – la enquanto o significado inicial no ocidente e a que ela se propõe.

Também é irrefutável que a experiência humana seja o chão ou o campo para o estudo da filosofia, onde há experiência humana há sabedoria. Para o filósofo africano Théophile Obenga a filosofia existe em todo o lugar.

Ela seria onipresente e pluriversal, apresentando diferentes faces e fases decorrentes de experiências humanas particulares (RAMOSE apud OBENGÁ, 2006).


Obenga expõe com grande sentido o que seria possivelmente a experiência da filosofia, todavia, dentro do sentido da filosofia africana este conceito não se aplica, tendo em vista que a filosofia africana nasce de um pressuposto libertário em relação às filosofias ocidentais. A filosofia africana parte de dois fundamentos:

1º – Fundamento - A autoridade: (Base universal ocidental)

O fundamento da autoridade segundo Ramose é refletido como a limitação para definir o significado e o conteúdo de filosofia, dentro de uma ótica do poder ou como eu ousaria chamar de autoritarismo. Neste sentido a autoridade é baseada no poder de conferir relevância, identidade, classificação e significado ao objeto definido.
Entre os povos da nossa parte do mundo, são, na minha opinião, os italianos e os franceses os que mais se distinguem dos outros pelo sentimento do belo, e os alemães, os ingleses e os espanhóis, os que mais sobressaem no sublime. A Holanda pode ser considerada como a terra em que este gosto delicado é bastante imperceptível. (KANT. Capítulo IV - Dos caracteres nacionais (11) enquanto descansam na diferente sensibilidade para o sublime e para o belo).
               
Tais questões para as filosofias seria um grande problema e por deveras perigoso, pois acaba que construindo um campo de exclusão filosófica, fazendo com que o conhecimento humano ficasse limitado apenas há uma determinada parte do mundo, neste sentido, isso seria um absurdo. Dentre os filósofos que foram situados com posturas excludentes em relação aos povos africanos temos: Kant, Hegel, Hume e Voltaire. Para tal confirmação segue o trecho de citação onde Immanuel Kant ao ler David Hume comenta sua postura racista e excludente:

Os negros da África carecem por natureza duma sensibilidade que se eleva acima do insignificante. O Sr. Hume desafia o que lhe apresente um exemplo de um negro mostrar talento, e afirma que entre os centos de milhares de negros transportados a terras estranhas, apesar de muitos terem obtido a liberdade, não se encontrou um único que tenha criado alguma coisa grande na arte, na ciência ou em qualquer outra coisa honrosa, enquanto entre os brancos é freqüente o caso dos que, pelas suas condições superiores, sobem de um estado humilhe e conseguem uma reputação vantajosa. Tão essencial é a diferença entre estas raças humanas que parece tão grande nas faculdades espirituais como na cor. A religião dos fetichas, espalhada entre eles, é uma espécie de culto idolátrico que cai no insignificante. (KANT. Capítulo IV - Dos caracteres nacionais (11) enquanto descansam na diferente sensibilidade para o sublime e para o belo).

Dentro deste fundamento de autoridade existe uma categoria central chamada epistemicidio epistemológico que é caracterizado como o assassinato das maneiras de conhecer e agir dos povos africanos, o Epistemicidio foi responsável por negativar e silenciar os sentidos de experiência, conhecimento e verdade dos povos africanos.

          2º Fundamento - A perspectiva (Base universal das instituições de ensino)

O sentido da perspectiva aqui é apresentado como a compreensão da filosofia como uma disciplina acadêmica, com sua estrutura pré – determinada e condicionada para o desenvolvimento de seu estudo. Dentro deste raciocínio é levada em conta a definição de filosofia a partir do poder exercido de alguns sobre outros, aqui a filosofia não condiz com a afirmação da filosofia como pluriversal, considerando a multiplicidade e a diversidade de filosofias, dentro das instituições ela mantém e conserva a mesma base eurocentrica.

Aqueles que em busca de poder endossam esta autoridade baseada na definição convencionada de filosofia é que são considerados filósofos profissionais. É sob o disfarce da ciência e do profissionalismo que a dúvida sobre a existência da filosofia Africana é expressa. E de suma importância reconhecer que esta dúvida é expressa á serviço da busca do poder para ter apenas um significado determinado pelos detentores da autoridade, como o significado autentico da filosofia; o universal, ou seja, apenas um lado, determina o significado do termo filosofia (RAMOSE. p. 10).


Sabemos que na filosofia em específico no estudo da lógica Aristotélica temos o universal, o particular e o singular como conceitos para explicar a manifestação do ser, defendo também que o particular é fundamental para entender essas diversas manifestações, todavia, esse particular também expressa certa exclusão para com os outros, neste sentido o universal é expresso apenas como se a filosofia fosse esta base de pensamento ocidental, como afirmei no final da introdução deste trabalho.

Assim, a particularidade assume uma posição primária como modo de entender o ser é frequentemente mal colocada como a condição ontológica originária do ser. O mal entendido se torna a substituição da pluriversalidade original ineliminável do Ser (BOHM, 1980.30-31 apud RAMOSE).


Mogobe Ramose levanta que esta posição particular pode reivindicar o direito de  uma única experiência, conhecimento e verdade, ser defendida e apresentada como razão absoluta, assim, reforçando uma possível lógica da exclusão que vai se efetivando como uma verdade tornada válida para todos os seres humanos. A particularidade precisa considerar as dimensões da diversidade e da multiplicidade das filosofias. Caso contrário, essa particularidade não teria sentido.

Torna se evidente a partir do parágrafo acima, que a particularidade é um ponto de partida válido para a filosofia apenas se for reconhecida como um meio para compreender e interagir com a pluriversalidade do ser. Ao falar de particularidade, temos em mente aquilo que está incrustado na natureza e na cultura, revelando as características específicas, mas inter – relacionadas, que constituem a sua identidade. Isto significa que o conceito de filosofia seria indevidamente restrito e cego se pretendesse excluir elementos da natureza, cultura, sexo, religião ou história (RAMOSE, p. 12).

Desta forma, percebe – se que foi a partir destes pressupostos de autoridade, perspectiva, Epistemicidio e de certa particularidade filosófica que os detentores ocidentais tomaram par si o solo fértil do pensar filosófico, excluindo outras diversas possibilidades de filosofias, usurpando diversos conhecimentos como foi o caso da relação entre os Gregos e os egípcios etc.

Do ponto de vista da pluriversalidade de ser, a filosofia é a multiplicidade das filosofias particulares vividas num dado ponto do tempo. Excluir outras filosofias e negar seus estatutos simplesmente por conta de uma definição inerentemente particularista da filosofia como uma disciplina acadêmica significa anular a validade da particularidade como o ponto de partida da filosofia (RAMOSE, p. 12).


Conclui – se com o final deste segundo tópico que mesmo diante destas questões norteadores sobre a exclusão filosófica em relação aos povos africanos, esses diversos povos mantiveram sua cultura de pensamento e suas diversidades e multiplicidades culturais em atividade. É importante frisar que a filosofia Africana vem se desenvolver com mais efetividade dentro da contemporaneidade, motivo este que expressa as tomadas de libertação de diversos povos africanos neste período.  Destacamos também que negar as filosofias africanas seriam afirmar que não existe a filosofia Ubuntu onde nos diz que o movimento de tudo é o princípio do Ser, neste sentido, compreender a filosofia Ubuntu é perceber que o “Ser não é definido e limitado, mas ele enquanto tal está sendo”, é perceber o ser na condição de unidade e totalidade é indivisível. Desta forma conhecimento, experiência e verdade na filosofia africana não são, estão sendo.  Assim como foi o processo de libertação.



Referencias Bibliográficas

RAMOSE, M.B. - the Legitimacy and study of African Philosophy – Aobre a legitimidade e o estudo da filosofia Africana, Ensaior Filosóficos, volume IV – Outubro/2011

RAMOSE, M.B. – Ética do Ubuntu. Tradução para o uso didático: RAMOSE, Mogobe B. The ethics of Ubuntu. In: COETZZE, Peter H. ROUX, Abraham P.J ( ed). The African Philosophy Reader. New York: Routledge,2002, p. 324-330, por Éder Carvalho

HOUNTONDJI, Paulín. – Conhecimento de África, conhecimentos de africanos: duas perspectivas sobre os estudos africanos – Da colonialidade a descolonialidade.

MACHADO, Adilbênia Freire. Ancestralidade e encantamento como inspirações formativas: Filosofia Africana mediando à história e cultura africana e afro – brasileira, SIBI/UFBA/ Faculdade de educação, biblioteca Anísio Teixeira, 2014.

TEMPELS, R.P Placid. La Philosophie Bantoue, edition de I’ evidence – 2009.

PONTES, Joana Inês. Kant e o conceito biológico de raça: Pode a teoria monogética racial de Kant ter futuro.


OBENGA, T. Egypt: ancient history of African philosophy in wirwdu., (ed) A companion to African philosophy, Blackwell publishing ltda, oxford.

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