RETROCEDER JAMAIS!


Por Jair Soares de Sousa

      Mais uma vez o Brasil que tanto avançou em processos democráticos, participativos e populares, corre o risco de ficar a mercê de classes ideologicamente conservadoras que ao longo do percurso histórico sempre estiveram no comando. A célebre frase de Engels na obra Manifesto do partido comunista sobre a história do mundo ser constituída também por lutas de classes é importante para percebermos o teor do problema no qual estamos vivendo.

      A dominação no Brasil é marcada desde o processo de colonização, do Brasil império ao Brasil república. Em nível de nordeste uma dominação centrada desde o coronelismo ao desenvolvimento de uma elite burguesa das grandes capitais. Soberania mantida pelas grandes famílias conservadoras que passam a ocupar as câmaras, prefeituras, assembleias e congressos para defenderem seus interesses particulares que não são os mesmos interesses da população em geral. Fica a pergunta que para alguns pode soar como uma expressão esdrúxula, porém tem sua razão para ser feita: Onde avançamos? Em que o Brasil avançou? Em que retrocedemos?

      Sim, avançamos no acesso à moradia, diminuição da pobreza extrema, da ampliação das políticas sociais, da educação, saúde etc. Falta mais? Sim!. Sabemos também que os problemas relacionados com as políticas públicas não se resolvem da noite para o dia ou com um truque de mágica, todavia, negar os passos que demos seria um absurdo. os retrocessos continuam os mesmos: corrupção, fascismos, negação de uma reforma política, negação dos direitos etc.


      O que está em jogo neste momento político o qual estamos passando não tem a haver com partido A ou B, creio que é importante frisar este ponto, pois os holofotes dos grandes grupos ideológicos comunicacionais conservadores, centralizam os olhares para este fim. Corremos o risco de retroceder no que diz respeito as possibilidades de avançar daqueles que vivem em situação de miséria e necessidades permanentes, corremos o risco ter como verdade as ideologias fatalistas que imobilizam os sujeitos, que afirmam o discurso neoliberal de destruição.

       É necessário que percebamos o que está por vir para não sermos alvos fáceis de um jogo político destrutivo de facínoras que sustentaram e querem manter um Brasil sem possibilidades. Esta é a expressão mais concreta para entender este evento do dia 13/03/2016 no Brasil. Momento de total retrocesso e sustentação de ideais dominantes e conservadores de uma elite direitista que massacra os indivíduos todos os dias. Amanhã há de ser outro dia.   

Comentários