Segundo fontes de setores da
saúde, jornais, sites e outros meios de comunicação e informação, o início dos
primeiros casos de Covid-19 (Coronavírus) no Brasil, surgiram no período
carnavalesco. De acordo com essas informações, um homem da cidade de São Paulo
que retornara da Itália com cerca de 61 anos de idade, testou positivo para o
Sars-CoV-2. Após esse episódio foram surgindo outros diversos casos,
principalmente na capital paulistana e em outras cidades. De acordo com dados
do Ministério da Saúde, até o dia 8 de abril, o vírus havia matado mais do que
a Dengue, HN1 e o Sarampo em todo ano de 2019. Tal situação despertou um estado
geral de prevenção e cuidado para com a doença no Brasil.
Diversos estados iniciaram um
conjunto de medidas necessárias para o cuidado com a saúde, a prevenção de
doenças e a promoção da vida. Destacamos dentre esses estados: Ceará, Piauí,
Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe,
que por meio do Comitê Científico Consórcio Nordeste, iniciaram diversos processos,
medidas e ações para o enfrentamento da doença, adotando uma postura contrária
as determinações nocivas do governo federal. Para alguns representantes do
executivo federal de Brasília, a pandemia era apenas uma gripe comum e não
poderiam sacrificar a economia diante do desastroso cenário de adoecimentos e
mortes. Será que estariam cientes das consequências de tais ações e omissões?
Diante de tantos excessos de poder, torna -se urgente ampliar os horizontes
para posturas mais responsáveis, repensar o nosso estar no mundo com os outros,
cuidando dos outros e sobretudo, salvando vidas, principalmente daqueles e
daqueles que realmente necessitam.
Contrariando tais argumentos esdrúxulos do
executivo federal, diversas instituições públicas, do primeiro, segundo e
terceiro setor, iniciaram várias intervenções para ajudar o povo brasileiro
mais necessitado, as diversas massas de trabalhadores e trabalhadoras,
crianças, adolescentes, jovens, pessoas em situação de rua, moradores das
periferias e de cidades do interior. Nesse contexto, é que refletimos a
seguinte questão “Nunca fomos tão solidários” diante do contexto sanitário e
social que nos cerca. Sim! “Solidariedade” e “amor” ao próximo como ação
política e prática social, são as duas palavras que alavancaram essas atitudes.
Decretos, medidas de isolamento, ações
emergenciais, arrecadações de alimentos, entrega de cestas básicas, kits
pedagógicos, web aulas, processos formativos e outras ações estão sendo desenvolvidas
em diversas cidades. Estamos exercitando o nosso agir humano, nossa tarefa
ética associada à nossa existência intersubjetiva. Não há modo de viver à não
ser com os outros. O humano só vive diante do outro que o constitui, daí
falarmos da responsabilidade com os outros. Somos responsáveis por nós mesmos na
medida em que estamos sendo responsáveis pelos outros.
O espírito de amor e
solidariedade enquanto dimensão ética e política, será nossa ponte de passagem
para superar esse desafio, continuamos seguindo às melhores formas de se
cuidar, rumo ao sol do novo dia, no qual vamos sair novamente pelas ruas,
dialogando, abraçando, cantando e celebrando com as pessoas. Não se enganem,
esse dia está próximo.
Por isso, lembramos aqui o trecho da cantiga de um poeta
Paraibano que muitos conhecem, ele canta mais ou menos assim: Escuta! Escuta! O
outro e a outra já vem; Escuta! Acolhe! Cuidar do outro faz bem! Eu vi o homem
na rua gritando com sua voz, embargada de pigarro com sua língua rota e nua.
Desde o tempo em que eu nasci, logo aprendi algo assim: Cuidar do outro é
cuidar de mim! Cuidar de mim é cuidar do mundo! Sigamos cuidando uns dos
outros que o grande dia chegará para celebrarmos no caloroso abraço do ser.
[1] Especialista em Gestão de Políticas
Sociais – Faculdade de Educação São Luís; Especialista em Educação Popular em
Saúde pela Fiocruz; Graduado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará.
Cursa Pedagogia na Faculdade IBRA.
Fantástica visão,continuemos ...👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirÉ isso, Jair. Gratidão.
ResponderExcluirMassa, Jair! Continuemos juntos!
ResponderExcluir